quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Aécio adota ritmo próprio e poupa fôlego para 2014. Distanciamento seria apenas aparente

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Embora esteja marcando cerrado as declarações do ex-presidente Lula e o que considera falho no governo da presidente Dilma, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) ainda provoca incômodo pelo que muitos consideram falta de compromisso com o projeto tucano.
Aécio é pré-candidato do partido à Presidência da República e cultiva um modo discreto de articulações.
Mas o ar blasé seria uma imagem que não corresponde à verdade. Ele está, sim, antenado e disposto para o confronto.
O tema motiva o comentário da coluna Diario Político, que assino interinamente nesta sexta (01.11). Boa leitural
Fôlego e vontade
Pelo menos aparentemente, o PSDB adota um ritmo bem menos acelerado do aquele observado nas articulações da aliança PSB/Rede.
O pré-candidato do partido, senador Aécio Neves (MG), chega a ser visto como desinteressado ou descomprometido com a entrega que uma disputa presidencial exige. Inclusive dentro do próprio partido.
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Elias Gomes, prefeito de Jaboatão dos Guararapes, principal vitrine e palanque do partido em Pernambuco, já externou críticas à postura do senador.
Mas quem convive ou conversa com o político mineiro garante que a história é outra. Aécio está atento a tudo e estimulado. O distanciamento é aparente.
O pré-candidato entende que diante de tantas incertezas e variáveis não há sentido se portar como se o mundo fosse acabar amanhã.
Avalia, por exemplo, que é preciso aguardar a aliança PSB/Rede ser depurada e sair da fase de “se explicar”.
E acredita que os longos anos de embate com o governo do PT asseguram ao PSDB a condição de oposição efetiva e não de ocasião.
Acha ainda necessário observar como o eleitorado vai assimilar as críticas de Eduardo Campos e Marina Silva a Dilma, mas aposta que a oposição de “raiz” vai prevalecer sobre a oposição construída a partir da dissidência – até anteontem, o governador e a ex-senadora eram da base de Lula e do PT.
Enfim, Aécio tem ciência de que lado está e, portanto, não precisa se dedicar a formular justificativas para o discurso nem apressar o passo para uma caminhada que exigirá resistência. Guarda o fôlego, não a vontade de concorrer.

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Quando abril chegar -  As impressões acima são um “compêndio” de informações passadas à coluna pelo deputado estadual Daniel Coelho após longa reunião com Aécio Neves, nessa quinta-feira (31.10), em Brasília.
Daniel, citado como eventual concorrente ao governo do estado, voltou a afirmar que o PSDB pernambucano se mantém na oposição ao governo de Eduardo e reiterou que a decisão sobre como e com quem o partido caminhará em 2014 se dará apenas em abril. “É racional esperar até lá. Decidir candidatura ou apoio agora, é agir fora do tempo”.

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