quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Se Aécio tem dificuldade em tirar Serra do caminho, Eduardo se arrisca entre o “pós-Lula” e o “anti-Lula”

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Mesmo sem decidir disputas, pesquisas eleitorais divulgadas um ano antes da eleição costumam injetar ânimo em alguns, afligir muitos e irritar outros tantos.
Comumente classificados de “radiografia de um momento”, os números podem, porém, servir para balizar a conduta de partidos e suas pré-candidaturas.
O PSDB já admite rever a estratégia de luta contra o PT após ler os percentuais do levantamento de intenções de voto divulgado anteontem pelo Ibope.
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Os tucanos diagnosticaram que, ao sair do páreo e aderir ao palanque de Eduardo Campos, Marina Silva enfraqueceu a oposição e pôs em risco a ocorrência de segundo turno.
Aécio Neves, presidenciável tucano, apareceu com 14%. A petista Dilma Rousseff obteve 41% e socialista Eduardo Campos, 10%. Mas o PSDB, além entrar num período reflexivo, terá de administrar um problema mais urgente chamado José Serra.
O ex-governador de São Paulo age como pré-candidato ao Planalto, já anunciou que quer o lugar de Aécio na chapa.
Por outro lado, Eduardo, que acaba de desembarcar do governo Dilma, tenta construir um discurso de oposição, mas sofre com o risco de errar a mão.
Ao invés de ser identificado como o nome ideal para o “pós-Lula” pode acabar encarnando o “anti-Lula”.
Além disso, não se sabe até que ponto a parceria com Marina está livre de virar concorrência – o Ibope indicou que apenas parte do eleitorado dela teria migrado para ele.
Em suma, a oposição parece não estar fragilizada apenas pela desistência (até agora) da ex-senadora, como detectou o PSDB.
Percalços de ordens diversas começam a ser identificados. As pesquisas vão revelando desafios e apontando os ajustes de rota.

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